O ENGANO DAS INTERPRETAÇÕES CATÓLICAS CUJO PRESSUPOSTO É O DOGMA

18/05/2012 16:14

Diante da afirmação de “que o cristianismo não é um discurso que produz fatos, mas fatos que produzem discursos” gostaria de enfatizar aos leitores a diferença entre “realidade objetiva” (fatos) e “a nossa condição subjetiva de interpretação dos fatos”, expondo algumas ideias de Antônio Inácio Andrioli, doutorando em Ciências Sociais de conceituada Universidade Alemã2.

 

Andrioli inicia sua exposição pela “compreensão do que é realidade”. Segundo ele:

 

"É comum o entendimento de que a realidade corresponde àquilo que “realmente existe”. É precisamente neste aspecto que a problemática toda inicia: se houvesse uma “real” correspondência entre aquilo que compreendemos com o que “realmente existe”, certamente estaríamos em posse da “verdade”. Como, entretanto, existem diferentes interpretações acerca do que “realmente existe”, poderíamos concluir que bastaria somar todas elas para atingir a “verdade absoluta”. O problema é que entre as diferentes interpretações da realidade há contradições que não permitem uma mera 'junção eclética'".

 

E conclui seu pensamento sobre este ponto da seguinte forma:

 

"como a correspondência entre o que pensamos e a realidade objetiva continua como critério válido para a atribuição de verdade, a forma como concebemos o próprio conceito de realidade, certamente, influencia a nossa condição subjetiva de interpretação dos fatos “reais”. Assim, a pressuposição de que a realidade seja algo estático, “realmente existente”, pode conduzir a uma interpretação positivista dos fatos, absolutizando a aparência do real como o “real em si” e atribuindo à essa interpretação o caráter de dogma na forma de “verdade”, o que, em última instância, interessa à classe dominante na sociedade".

 

Se aplicarmos a visão de Andrioli à ideia de que “existe uma continuidade entre o ministério de Jesus e a Igreja Católica”, só podemos concluir de mais um “dogma na forma de verdade” e que, em última instância, interessa somente à própria Igreja Católica, seja “à maneira de classe dominante”, seja para justificar ares de “detentora das verdades cristãs”. A tese do Sr. Andrioli se aplica perfeitamente aqui justamente por que “a forma como concebemos o próprio conceito de realidade” conforme seu entendimento, “influencia a nossa condição subjetiva de interpretação dos fatos reais” (colocados propositadamente por ele “entre aspas” no seu texto).

 

Em realidade, sob este ponto de vista vemos o catolicismo tal como se configura hoje, “um discurso que produz fatos”, não o oposto, já que para muitos a forma de entender os fatos, representativo da ‘cúpula’ da Igreja, segundo o critério daquela “linha imaginária de continuidade”, influencia a “condição de interpretação dos acontecimentos”.

Diante disto, é necessário admitir que trabalhamos aqui em duas linhas opostas: uma que procura corroborar que a Igreja é sempre a mesma e que além disso, foi fundada por Jesus; e a outra, que interpreta os fatos de uma outra maneira: que a Tradição foi construída ao longo dos séculos, acrescida à História dos primeiros cristãos e que não constitui propriamente uma continuidade da suposta “Igreja do Cristo.”

É esta segunda interpretação que partilho.

Senão vejamos. Que tal se nos atermos aqui a outros fatos poucas vezes cogitados por aqueles que defendem aquela linha? Por exemplo, os “acréscimos” inseridos à fé pela Tradição Católica que os fieis insistem em dizer que fazem “Um só corpo” com a mensagem original de Jesus?

 

Tomemos, por exemplo, a crença na assunção de Maria (a afirmação de haver a mãe de Jesus, após a morte, subido ao céu em corpo e alma). Aliás, segundo a tradição católica, ela não teria sequer morrido, mas caído em sono profundo antes de adentrar a glória celeste3. No entanto, quando se procede à verificação dessas informações, percebe-se as poucas vezes nas quais a personagem Maria é mencionada no Novo Testamento e, mesmo assim, em trechos de teor simbólico ou teológico. É o caso do relato da concepção virginal, cuja mensagem seria comunicar o quanto o “deus cristão” transformaria a história humana a partir de seu próprio poder, sem contar com os trâmites humanos. Historicamente, é sabido que a virgindade enquanto ideal de vida representaria ideia ofensiva à cultura judaica. A mulher judia ainda virgem ou estéril era vista com desprezo. A concepção virginal de Jesus foi inventada pelos evangelistas possivelmente com o fim de simbolizar o suposto reinício da “história da salvação”, na qual, a partir do material desprezível aos olhos humanos (o útero virgem), a divindade arquitetaria nova obra. Segundo muitos especialistas, o Jesus histórico provavelmente jamais atribuiu a si mesmo a condição divina. (o que se conforma com inúmeras passagens dos Evangelhos como, por exemplo, João 7:16,28,29) Dessa forma, é no mínimo irreal a possibilidade de Maria ter se percebido enquanto “mãe divina”, conforme reza a crença católica. Tal suposição surgiu vários séculos depois, quando o cristianismo já era religião oficial do Império Romano. Quanto à fé na assunção de Maria, esta foi uma segunda invenção originada no século VI e acrescida àquela registrada pelos evangelistas no século I. Contudo, a elevação dessa crença ao status de “dogma obrigatório” aos católicos só ocorreu em 1950, com a encíclica Munificentissimus Deus do papa Pio XII4. É, portanto, uma tradição veiculada ao longo de mais de um milênio, mas a longevidade não a torna menos artificial ou injustificada. O apelo à Tradição, falácia comum nos discursos católicos, é sempre ilegítimo5.

 

Outro “acréscimo” é o do “princípio da autoridade”, um dos fundamentos do catolicismo. O exemplo anterior da assunção de Maria também se presta à exemplificação deste principio. Católicos tiveram obrigatoriamente de crer no dogma da assunção de Maria a partir de 1950 (embora informalmente a crença existisse há séculos) não em razão de evidências ou fatos, mas pela determinação do papa, a quem, segunda a legislação católica, cabe a definição da “verdade”. Por mais absurda seja a ideia da assunção mariana, todos os devotos católicos são compelidos a aceitá-la como verdade indiscutível. Mesmo os católicos conhecedores dos meandros literários, históricos e teológicos subjacentes a tal “invencionice” submetem-se à admissão do dogma.

O apelo à autoridade chegou à máxima extrapolação mediante o dogma da infalibilidade papal, instituído em 1870 pelo Concílio Vaticano I6, segundo o qual o papa passa a ser infalível nas questões de fé e moral dentro das seguintes condições: i) quando se manifesta (oficialmente); ii) quando se expressa com a intenção de fomentar a adesão da Igreja; iii) quando o assunto em pauta versa sobre fé ou moral enquanto parte da doutrina supostamente revelada pela divindade e transmitida pela tradição apostólica.

 

A pretensão de infalibilidade em qualquer assunto representa uma ruptura com a metodologia básica do conhecimento humano, assentada no exercício racional de ensaio e erro. A “megalômana” ideia da infalibilidade papal era antiga questão disputada nos círculos eclesiásticos, mas coube ao papa Pio IX a tarefa de torná-la oficial. Este papa foi também o autor, em 1864, do Syllabus errorum7, uma lista de 80 “erros” da sociedade moderna a serem evitados pelos católicos, entre eles a esperança de alguns liberais numa possível conciliação entre a Igreja Católica e o progresso advindo da libertação intelectual. Pio IX, cuja aspiração era fazer a História retroceder aos tempos pré-científicos da Idade Média, orquestrou reação hostil e negativa às conquistas do mundo moderno, antecipando a grotesca condenação do modernismo levada a cabo pelo papa Pio X no início do século XX. Segundo o padre e historiador August Bernhard Hasler, autor de exaustiva pesquisa intitulada “Como o Papa se Tornou Infalível: Pio IX e as Políticas de Persuasão”8, há suficientes indícios na biografia do reacionário pontífice para considerá-lo insano. Hasler recolheu numerosas evidências de como o dogma da infalibilidade papal, tão orgulhosamente defendido pelos católicos foi, na realidade, resultado da agressiva política de manipulação do papa, o qual não hesitou em fazer uso de chantagem, boicote econômico e assédio moral a fim de pressionar os bispos reunidos durante o Concílio a votarem em favor do dogma. Críticas semelhantes foram feitas pelo teólogo suíço Hans Küng, cujo livro “Infalível? Uma Pergunta” custou-lhe a “retaliação” do Vaticano e a perda da licença para lecionar Teologia Católica.

Não é necessário, diante do exposto, repetir que o dogmatismo é a substância de religiões institucionais, tais como a Igreja Católica. Os supostos caminhos de acesso à verdade já estão fixados antecipadamente, e nenhum é o espaço para a construção de novos conhecimentos ou investigação da verdade. Esta é a razão pela qual toda Teologia constitui tarefa sem efeito. No campo teológico não há verdadeira pesquisa, mas apenas compilação de interpretações feitas ao longo da história sobre os mesmos dogmas “fossilizados”. Quando muito, há formulação de novas metáforas, o que assemelha a Teologia à literatura de ficção. Teólogos são hábeis “malabaristas” de palavras e figuras de linguagem. No caso do catolicismo, cabe aos teólogos a tarefa de definir cuidadosamente o contexto dos pronunciamentos oficiais do Magistério a fim de salvaguardar o sentido e a improvável importância desses axiomas hoje, tornando-os mais aceitáveis (ou menos constrangedores) aos ouvidos dos crentes modernos. Lamentavelmente, homens e mulheres dedicados à Teologia renunciaram à autonomia intelectual a fim de se tornarem submissos à autoridade dos livros sagrados, de antigos interpretes ou das lideranças eclesiásticas. A estéril erudição desses “gênios desperdiçados” ajuda a reforçar a crença de bilhões de outras consciências no mito das esperanças abstratas9.

 

Poderia aqui multiplicar os inúmeros fatos que a mesma história da Igreja apresenta para demonstrar quantas enxertias foram postas em favor de “crenças cegas” e que não pertenceram à mensagem original cristã, mas seria abusar da paciência dos leitores tornando esta réplica extensa demais para o propósito a que se destina. Talvez em outra oportunidade se for possível.

 

Agora, com relação à Igreja primitiva e “às referências de como esta transmitiam a doutrina de Jesus, ou como a conservavam e no que isso difere da forma com que hoje faz a ‘Santa’ Igreja”, podemos elencar as seguintes diferenças: Na igreja primitiva havia unanimidade de propósitos (Atos 2:46). Na de hoje há inúmeras divisões; a igreja primitiva se reunia em casas (Rm. 16:5; I- Cor. 16:19). A de hoje se ajunta em suntuosas catedrais; Na igreja primitiva todos tinham a unção (I-João 2:20 e 27). Na de hoje há um pequeno grupo de “ungidos”; A igreja primitiva era governada pelo “Espírito Santo” (At. 15:28; At. 16:6-7). A de hoje é dirigida por “grandes homens” de Deus; Na igreja primitiva havia repartição de bens (At. 2:45; II-Cor. 8:13-15). Na de hoje cada crente tem que buscar sua “benção”; Na igreja primitiva todos deviam cantar com salmos, hinos e cânticos espirituais (Ef. 5:18). Na de hoje há um “ministério” de louvor; Na igreja primitiva havia unção de óleo sobre pessoas (Tg. 5:14). Na de hoje a unção é sobre objetos; A igreja primitiva elegia seus obreiros (At. 6:3-5; 14:23; 15:22; I-Cor. 8:19). Na de hoje eles são escolhidos pelos pastores; Na igreja primitiva os obreiros não queriam ser pesados por ela (At. 20:33-34). Na de hoje eles sugam os seus recursos; Na igreja primitiva os obreiros reconheciam que eram pecadores (I-Tim 1:15). Na de hoje eles se consideram “heróis”; Na igreja primitiva os obreiros estavam aprendendo e crescendo (Fp. 3:12-14; 4:11). Na de hoje eles se acham “infalíveis”; A igreja primitiva disciplinava seus membros (Mt. 18:15-20). Na de hoje só os pastores e sacerdotes o fazem; A igreja primitiva era perseguida (At. 8:1). A de hoje é perseguidora; Na igreja primitiva o Senhor avivava os corações (At. 4:31). Na de hoje o “avivamento” é produzido por homens igualmente falíveis; A igreja primitiva não tinha nada e era cheia de graça (At. 3:6; Ap. 3:8). A de hoje é rica e não possui nada.10

 

A mesma ressalva que faço em relação a isso é de se saber agora quem tem mais autoridade: se a Tradição e os Pais da Igreja que vieram após Jesus ou o próprio Jesus através de suas palavras, abstraindo-se por um momento da autenticidade dos Evangelhos.

Não tenho porque, a favor de qualquer “fé cega”, desprezar os avanços que a arqueologia, a antropologia, a paleontologia tem realizado na pesquisa e interpretação dos “originais” bíblicos que foram “desenterrados” ao longo dos séculos.

Se os Evangelhos são aceitáveis em muitos pontos, é, todavia, necessário submeter o seu conjunto à inspeção do raciocínio. TUDO o que está registrado neles não pode ser atribuído diretamente ao Cristo.

Os historiadores, na pesquisa do “Jesus histórico”, são unânimes em declarar que o propósito dos Evangelhos é, antes de mais nada, “proclamar e suscitar a fé”, que não teria origem em si mesma, mas viveria da realidade histórica de Jesus de Nazaré. Justamente por isso, apresentam divergências cronológicas e geográficas relevantes aos olhos do historiador. As indicações de tempo limitam-se a fórmulas genéricas (“depois”, “naquela ocasião”, “então”, “poucos dias depois”), assim como as referências aos lugares (“no caminho”, “de lá partiu”, “casa”, “lago”, “montanha”…), usadas nos Evangelhos de maneira diversa e discrepante. Essa ausência de preocupação histórica e crítica aparece também nas palavras e sermões de Jesus. Na medida em que o “Jesus terreno” é, para a Igreja, também o “Senhor ressuscitado”, a sua palavra assume, na Tradição, as características do presente. Desse modo, ao lado de uma indiscutível fidelidade à mensagem de Jesus, pode-se notar uma espantosa liberdade na reprodução de suas palavras históricas. Cada palavra e cada gesto de Jesus, relatados nos Evangelhos, refletem, antes de mais nada, o ponto de vista teológico das próprias testemunhas.

Ao lado desses evangelhos, únicos depois reconhecidos pela Igreja, grande número de outros vinha à luz11. No século III, Orígenes os citava em maior número. Lucas faz alusão a isso no primeiro versículo da obra que traz o seu nome (Lucas, cap. 1, v.1)

Por que razão foram esses numerosos documentos declarados “apócrifos” e rejeitados? Muito provavelmente porque se haviam constituído num embaraço aos que, nos séculos II e III, imprimiram ao Cristianismo uma direção que o devia afastar, cada vez mais, das suas formas primitivas. Acrescentemos a estas tão grandes dificuldades as que provinham da fragilidade dos pergaminhos, numa época em que a imprensa era desconhecida; a falta de inteligência de certos copistas, todos os males que podem fazer nascer a ausência de direção e de crítica, e facilmente compreenderemos que a unidade de crença e de doutrina não tenha podido manter-se em tempos assim tormentosos12.

 

Os três Evangelhos sinóticos (o de Marcos, Lucas e Mateus), acham-se fortemente impregnados do pensamento judeu-cristão dos apóstolos, mas já o evangelho de João se inspira em influência diferente, talvez gnóstica. Nele se encontra um reflexo da filosofia grega, rejuvenescida pelas doutrinas da escola de Alexandria. Em fins do século I, os teoristas gregos sentiram-se impressionados pela grandeza e elevação moral do Cristianismo. Daí uma aproximação, uma penetração das doutrinas, que se produziu em certos pontos. O Cristianismo nascente sofria pouco a pouco a influência grega, que o levava a fazer do Cristo o verbo, o Logos de Platão13.

Os Evangelhos, escritos em meio das convulsões que assinalam a agonia do mundo judaico, depois sob a influência das discussões que caracterizam os primeiros tempos do Cristianismo, se ressentem das paixões, dos preconceitos da época e da perturbação dos espíritos. Cada grupo de fiéis, cada comunidade, tem seus evangelhos, que diferem mais ou menos dos outros.

A fim de por termo a essas divergências de opinião, o papa Damaso confia a Jerônimo, em 384, a missão de redigir uma tradução latina do Antigo e do Novo Testamento. Esse trabalho oferecia enormes dificuldades. Jerônimo achava-se, como ele próprio o disse, em presença de tantos exemplares quantas cópias. Essa variedade ilimitada de textos o obrigava a uma escolha e a retoques profundos. Desta forma, preocupado com a magnitude da tarefa e com suas consequências, expõe ele ao papa:

 

"De velha obra me OBRIGAIS a fazer obra nova. Quereis que, de alguma sorte, me coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras que estão dispersos por todo o mundo, e, como diferem entre si, que eu distinga do que estão de acordo com o verdadeiro texto grego. É um piedoso trabalho, mas é também um perigoso arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar ele mesmo os outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o mundo já envelhecido"14.

 

Essa tradução oficial, que devia ser definitiva segundo o pensamento de quem ordenara a sua execução, foi, entretanto, retocada em diferentes épocas, por ordem dos pontífices romanos. O que havia parecido bom, do ano 386 a 1586, o que fora aprovado em 1546 pelo concílio ecumênico de Trento, foi declarado insuficiente e errôneo por Sixto V, em 1590. Fez-se nova revisão por sua ordem; mas a própria edição que daí resultou, e que trazia o seu nome, foi modificada por Clemente VIII em uma nova edição15.

Entretanto, a despeito de todas essas tribulações, não se hesita em admitir a autenticidade dos Evangelhos em seus primitivos textos. Ao lado, porém, dessa potente destra, a frágil mão do homem se introduziu nessas páginas, nelas enxertando débeis concepções. Logo, como não pensar em adulterações e “modificações grosseiras”? Entretanto, vemos a defesa seguinte: ""Alto lá! os monges copistas não os adulteraram e se o fizeram foi “seguramente e unicamente pela ação da Divina Providência e pela assistência extraordinária do Espírito Santo”".

 

Sendo a Igreja hoje o que era ao tempo das primeiras comunidades cristãs, estaria o “Espírito Santo” igualmente inspirando as determinações do Papa Pio IX ao instituir oficialmente a sua “infalibilidade” e as dos demais papas que o sucederiam? Estaria de bom grado, o Espírito Santo inspirando também os criadores da Inquisição e os papas que iniciaram as Cruzadas e o seu cortejo de tribunais injustos e torturas aos ditos hereges?

 

As respostas a estas perguntas permanecem no vácuo das interpretações criadas e das teses construídas a partir daquelas “passagens da Bíblia” utilizadas para justificá-las. Puxando a “sardinha” para os dogmas peculiares à Instituição temporal da Igreja, seus exegetas ortodoxos esquecem-se de mencionar aquelas outras que em maior número vão de encontro aos seus dogmas como, por exemplo, as que negam a suposta identidade de Jesus com o próprio “Pai” (p.ex. em João, 4:34; em João 5:43; ou João 8, v. 29).

 

Referencias numericas

 

2 – Fonte: https://www.espacoacademico.com.br/056/56andrioli.htm

3, 4 – https://www.acidigital.com/Maria/asuncao.htm

5 – LUZ, Marcelo da. Onde a Religião Termina?. Foz do Iguaçu: Associação Internacional Editares, 2011. Pag. 317.

6 – https://www.dw.de/dw/article/0,,319592,00.html

7 – https://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Pio_IX

8 – LUZ, Marcelo da. Onde a Religião Termina?. Foz do Iguaçu: Associação Internacional Editares, 2011. Pag. 317.

9 – THINES, G. e LEMPEREUR, A. Alienação. In: Dicionário Geral das Ciências Humanas. p. 50.

10 – https://doutrinacrista.ning.com/profiles/blogs/a-igreja-primitiva-e-a-igreja

11 – https://evangelhosapocrifos.blogspot.com.br/

12 – SAVELLE, Max. Historia da Civilização Mundial, Vol.1.Ed. Itatiaia limitada, 1964.

13 – https://teologiaefilosofia.com.br/relacao-entre-o-evangelho-de-joao-e-as-epistolas-joaninas-e-o-apocalipse/

14 – https://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Educacao/M_BibliaTraducoes.htm

15 – https://www.infopedia.pt/$biblia